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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ver é aceitar – Eu e Bhagavan


Quando estive no Oneness Temple, na India, em um dos Darshans com Bhagavan (encontros semanais que tínhamos com ele, nos quais algumas perguntas eram selecionadas para serem respondidas por ele). Eu fiz a seguinte pergunta: "Bhagavan, o que eu faço para me aceitar? E, me aceitando, devo mostrar aos outros o meu eu verdadeiro, ou posso continuar atuando como se fosse quem mostro ser hoje?" Essa pergunta teve um contexto, eu entrei em contato com minha sombra...
A resposta dele foi:
"Ver é aceitar, se você está vendo, significa que você já aceitou. O que você tem a fazer é não julgar, não tentar mudar. O conteúdo não importa, o que você viu não é importante. Você deve olhar sua vida como um expectador que assiste um filme, sem julgar. Aproveite o filme. Pois, afinal, your life is the best movie (sua vida é o melhor filme".
Izamara
Balwant jeet

2 comentários:

  1. Num instante somos protagonistas, noutro coadjuvantes. Nem mesmo essa distinção fomenta as bases do roteiro de nossas vidas. Se fala: eu sou assim, implicitamente temos uma escolha. É cruel o fato de que a aceitação de ser e existir não nos alimenta de certezas do que somos ou porque existimos. Ou seja: a pergunta: "o que faço para me aceitar?" é intrinsecamente uma definição. Depende do que se tem como sujeito a priori. Mas a única certeza que temos é que o sujeito sempre existe, seja lá como ele for. Que bom que parte de nós mesmos a definição.

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  2. Naquele momento, em que perguntei "o que faço para me aceitar?" havia todo um contexto. Eu havia passado o dia no templo, em jejum, conversando com o Divino. Naquele dia vi todos os jogos da mente e como nossa vida é traçada e marcada por esses jogos. O que eu queria aceitar era isso...hoje isso está bem claro para mim. Mas é tão simples, ver é aceitar e ser livre.
    No lugar de "sou assim", hoje costumo dizer, "estou assim". Cada momento é único e eu sou única a cada momento. Não há como petrificar o que é mutação em essência. Ninguém jamais poderá dizer que me conhece, nem eu mesma, pois sou a soma de infinitas variáveis, que se alternam a depender do que se apresenta diante de mim.

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