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terça-feira, 8 de outubro de 2013

 Quando fiquei assim, comigo, saboreando minha solitude, entendi como todo jogo de sedução, quando não tem alma, se torna também uma fuga de mim mesma. A gente se distrai para não ter que olhar pra dentro, para não se encarar.
Só quando mergulhei completamente em minhas dores e minhas carências, pude sair inteira. Todos os dias reforço meu compromisso comigo mesma. É um trabalho diário, o amor-próprio também exige cuidado, dedicação, curiosidade em se conhecer.
Me descubro todos os dias e, sim, me desculpe a falta de modéstia, mas olho no espelho e acredito que tenho envelhecido bem, vejo uma mulher extraordinária, com quem vale a pena passar as horas. Então, desfruto docemente de minha própria companhia. Longe da autossuficiência, aprecio estar comigo.

Hoje posso dizer que relacionamento para mim é apenas uma questão de escolha, não uma necessidade. Em vez de um jogo para suprir minhas lacunas, passou a ser um partilhar. Amor não é conto de fadas, amor é construção. Amor pra valer a pena tem que ser baseado na compreensão, no cuidado, no apoio, no respeito mútuo, tem que ter crescimento.
Tem que ser extraordinário em sua realidade.
Me cansam relacionamentos ordinários, o "gostar" morno. Me cansa a falta de amor.
Se não for pra ser inteiro, melhor simplesmente não ser.

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